20:41 17-11-2025

Como as montadoras expandem para energia, aviação e IA

As marcas de automóveis deixaram de ser apenas montadoras há muito tempo.

Veja a Toyota: a empresa desenvolve moradias pela Toyota Home, constrói casas com foco em eficiência energética e vende embarcações via Toyota Marine. E há ainda a Toyota Industries, apontada como a maior fabricante de empilhadeiras do mundo.

A Tesla, na prática, virou uma holding de tecnologia. Seu portfólio passa por Powerwall, Megapack, telhados solares, rede de recarga, o robô Optimus e até itens de merchandising como canecas e fivelas de cinto. Olhando adiante, a impressão é de que produtos de IA podem se tornar a principal frente de negócios da companhia.

Além dos carros, a Peugeot fabrica bicicletas e comercializa a linha de utensílios de cozinha Peugeot Saveurs — de moedores de sal a moedores de café. A BMW, por sua vez, expande serviços financeiros e um estúdio de design, e ainda produz acessórios, bicicletas e até pranchas de surfe.

A Honda se destaca pela combinação de carros, motocicletas, geradores e aviação — a marca produz o jato executivo HondaJet. A Porsche é dona do Studio F.A. Porsche, um estúdio de design por trás de relógios, acessórios e eletrônicos.

A Subaru permanece um nome relevante na aviação: a corporação fornece componentes para a Boeing e para o helicóptero 412EPX. A Mitsubishi se divide em várias frentes — da indústria pesada e eletrônicos de consumo ao braço automotivo. A Hyundai é igualmente ampla, com atuação que vai da robótica aos veículos blindados, incluindo o novo tanque K3 movido a hidrogênio.

Em resumo, as montadoras estão se transformando em corporações multissetoriais, e o automóvel virou apenas uma parte de um negócio muito maior. Pelo modo como essas marcas transferem com confiança seu DNA de design e engenharia para áreas adjacentes, fica claro que não se trata de um desvio de rota, e sim de um desenho consistente do futuro que elas pretendem liderar.