04:55 28-10-2025

5 hábitos que danificam a transmissão automática (e como evitar)

As transmissões automáticas modernas são confiáveis e eficientes, mas não perdoam descuidos. Como observa o mecânico Alexey Stepantsov, uma série de hábitos corriqueiros vai, aos poucos, minando o câmbio — e muitos motoristas os repetem sem pensar.

O primeiro é descer em Neutro (N). Já foi sinônimo de economia, porém os carros atuais cortam o combustível nas desacelerações, o que elimina a vantagem. Pior: se surge a necessidade de acelerar, perde-se tempo ao retornar a alavanca para Drive (D), e esse atraso pode custar caro. No fim, é uma economia imaginária que ainda compromete a segurança.

Outro erro comum é mudar de marcha sem imobilizar o veículo. Passar de Ré (R) para Drive (D) com o carro ainda em movimento sobrecarrega embreagens e bandas de freio — componentes projetados para acionar marchas, não para frear o carro. Esse abuso acelera o desgaste e transforma um hábito aparentemente inocente em conserto certo.

Há ainda o chamado “neutral launch”: acelerar o motor em Neutro (N) e, em seguida, engatar rapidamente em Drive (D). Esse tipo de arrancada agride o conversor de torque e provoca patinação das embreagens, encurtando a vida útil da transmissão várias vezes. Poucas coisas são tão nocivas para um automático.

Também não há motivo para selecionar Neutro (N) no semáforo. A carga sobre o trem de força enquanto se espera engatado é mínima, e a economia de combustível é irrelevante. Se a parada for longa, faz mais sentido desligar o motor.

Por fim, engatar Park (P) antes da parada total. A manobra sobrecarrega a trava de estacionamento e pode quebrá-la — um instante de pressa que vira lição cara.

Erros simples como esses aparecem até entre motoristas experientes e, paradoxalmente, são justamente os hábitos que abreviam a vida do câmbio automático.