07:33 15-12-2025
Quando trocar o óleo do motor: 8.000, 10.000 ou 15.000 km?
A discussão sobre a frequência da troca de óleo do motor segue viva há décadas: alguns juram por intervalos de 5.000 km, outros estão convencidos de que os motores modernos com óleo sintético encaram com folga 15.000. Mesmo entre especialistas, os pontos de vista divergem.
Um vídeo curto de um técnico da Honda reacendeu o assunto. Ele mostrou dois motores lado a lado: um revisado a cada 8.000 km, o outro a cada 15.000 km. O contraste saltava aos olhos: o propulsor que rodava com intervalos menores parecia visivelmente mais limpo, enquanto a estratégia mais econômica deixava uma película escura e um tom alaranjado que muitos atribuíram ao envelhecimento mais rápido do óleo e aos depósitos resultantes.
Os comentários explodiram, previsivelmente. Parte do público defendia 4.000–6.000 km para rodar com mais tranquilidade, enquanto outros afirmavam que, com o sintético certo, isso seria apenas gasto desnecessário. A mensagem central é clara: quanto mais severas as condições de uso, menor deve ser o intervalo. Para-e-anda, trajetos curtos, partidas a frio, calor, condução mais animada e giros altos por longos períodos encurtam a vida do lubrificante. E o custo de uma troca extra costuma ser irrisório perto do que pode representar um reparo de motor.
Para a maioria dos carros, um meio-termo sensato é antecipar um pouco a troca em relação ao limite superior do manual, especialmente se a intenção é ter um uso sem dor de cabeça. Muitos mecânicos citam 8.000–10.000 km como uma janela razoável para motores comuns, enquanto 15.000 km tende a fazer sentido apenas em uso ideal e com óleo de alta qualidade aprovado pelo fabricante. E, claro, é crucial usar exatamente a viscosidade e a especificação indicadas no manual do proprietário. Na prática, optar pelo lado cauteloso raramente decepciona.