14:35 02-11-2025

Vibração no freio e no volante: nem sempre é disco empenado

Quando o volante começa a tremer na frenagem e o pedal vibra, muita gente aposta em discos empenados. Mas, segundo explicou à Tarantas News o especialista automotivo Dmitry Novikov, na maioria dos casos o problema não é um disco torto, e sim depósitos irregulares de material das pastilhas na superfície.

Ao morder o disco, as pastilhas deixam um filme fino de resina e fibras. Em frenagens fortes, partes dessa camada queimam e criam saliências microscópicas. Com o tempo elas se multiplicam, e o motorista sente uma pulsação que facilmente se confunde com um disco deformado.

Para devolver a normalidade aos freios, geralmente basta repetir o procedimento de assentamento: fazer algumas passagens, acelerando até 80 km/h e reduzindo para cerca de 15–20 km/h, sem parar por completo. Isso tende a uniformizar a superfície do disco e eliminar a vibração — na prática, essa sequência costuma devolver a suavidade ao pedal.

A. Krivonosov

Também vale evitar segurar o pedal quando as rodas estão quentes — por exemplo, no semáforo. Nessa hora as pastilhas podem grudar no disco e deixar uma marca. Outro ponto que merece atenção: parafusos de roda apertados de maneira desigual sobrecarregam um lado e podem, de fato, empenar o disco.

Se os defeitos forem profundos, dá para retificar ou substituir os discos, mas apenas se houver material suficiente, observou Stepantsov. A espessura mínima vem indicada no próprio cubo e, após a usinagem, o disco ainda precisa ficar pelo menos 1,2 mm acima do limite permitido.

Inspeções regulares e uma condução sem brusquidão prolongam a vida do sistema de freios e ajudam a evitar consertos caros.