A Hyundai divulgou um explicador detalhado sobre o funcionamento dos seus motores elétricos e o motivo de os modelos da marca acelerarem com tanta confiança. No centro do conjunto motriz estão três elementos: o próprio motor, uma engrenagem redutora e um inversor. O inversor converte a corrente contínua da bateria em corrente alternada, criando um campo magnético rotativo no estator. Esse campo põe o rotor a girar quase no instante em que se pressiona o pedal — uma sequência simples que faz a resposta parecer sem esforço.

Ainda mais interessante são as configurações que elevam o desempenho sem grande penalização em massa. A Hyundai observa que é possível aumentar a potência subindo a tensão ou a corrente, mas essa via torna o sistema mais pesado e complica a refrigeração. Em vez disso, a empresa seguiu por outro caminho e desenvolveu o 2-Stage Motor System — uma solução elegante que privilegia o ritmo utilizável em vez de bravatas de ficha técnica. No papel pode soar discreto; ao volante, essa escolha tende a fazer mais sentido.

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O inversor traz o dobro de interruptores de potência: doze em vez de seis. Na condução diária, apenas os seis primeiros ficam ativos. Quando o condutor afunda o acelerador, os doze entram em ação, elevando a tensão em cerca de 70%. É daí que vem o arranque súbito, o traço que se destaca no Ioniq 5 N e no Kia EV6 GT.

O melhor é que o sistema mal acrescenta massa: nove módulos de eletrónica de potência foram consolidados em três, deixando o inversor mais compacto — um ganho de embalagem que não se nota tanto no papel, mas na forma limpa como o carro entrega a sua força.